Um menino, uma fantasia de dinossauro e uma transformação que emocionou toda uma colônia.
A frase que ficou marcada na equipe do Instituto do Autismo em Carpina foi simples, mas cheia de significado: “A gente viu o Arthur se transformar.”
Arthur chegou ao IDA com uma rigidez comportamental que o afastava do toque, das brincadeiras e da interação com outras crianças. Os sorrisos eram raros. O contato, quase inexistente. Era como se um mundo o separasse do outro.
Mas quando acolhimento encontra estratégia, e o tempo é respeitado, aquilo que parecia distante começa a se tornar possível.
Foi exatamente isso que vimos acontecer com Arthur.
Com o acompanhamento contínuo no IDA, ele começou a dar pequenos sinais de abertura. E na Colônia de Férias de Carpina, esses sinais se tornaram encontros. Vestido de dinossauro, Arthur viveu uma experiência marcante. Não era apenas uma fantasia, era um reflexo do quanto ele havia avançado.
Arthur dançou, brincou, interagiu. Ele distribuiu abraços.
O menino que antes evitava qualquer aproximação, agora busca conexão com o olhar, com o afeto. Cada gesto dele é um lembrete de que o desenvolvimento não segue um padrão fixo, mas acontece no ritmo único de cada criança.
O que um dia foi desafio, hoje é conquista.
E quando ela chega, toca a todos.
Arthur nos mostra que o desenvolvimento é real, e que a inclusão se concretiza quando há intencionalidade, escuta e presença.
